segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Crônica - Ensino Médio

Parece até mentira

Meu nome? Já não tenho certeza. Depois de trocá-lo inúmeras vezes eu não recordo nem o verdadeiro. Onde estou? Na sala de espera do FBI. Antes que me acuse de algo, eu não fiz nada, não tecnicamente. Então por que estou aqui? Excelente pergunta! Sou testemunha de uma chacina preparada para um empresário. Desde então sou perseguida por homens de preto musculosos, altos, bonitões, e nervosinhos.
Às vezes me pego questionando se é isso que eu quero fazer. Sei que é o certo, mas será que vale a pena colocar a minha vida em risco por causa de um homem que eu nunca conheci? Nessas horas eu me lembro das sábias palavras da minha avó, “É agora ou nunca, você não vai viver para sempre, viva enquanto pode, é a sua vida!”, tá bom que ela estava doidona, e que logo em seguida ela morreu, e também que essa é uma parte de uma música do Bom Jovi, mas tudo isso depois de anos de terapia para superar o trauma virou meu lema.
O grande dilema nem chega a ser eu, basicamente, mas sim o fato de eu sempre ser encontrada em todos (com letras maiúsculas literalmente) os lugares em que estive. Sei o que está pensando, “Lógico que ela contou para alguma amiga, mulher não consegue guardar segredo, sempre tem outra em quem confia cegamente, e fala tudo.”, mas é isso que eu não entendo, pois nada saiu da minha boca, pra ninguém, além de você, é claro. Esse é o nosso segredo!
(Então o faxineiro retira o esfregão encostado ao lado dela!)
Anna Laura

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